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Description
A renovação de um currículo é necessária periodicamente para a adequação de vários aspectos relacionados às diretrizes vigentes e incorporação de novos conhecimentos. Exige inúmeras etapas, é longa e deve se iniciar pela legislação que regulamenta a formação pretendida e o contexto e perfil da instituição acadêmica. O curso de Medicina da Unicamp iniciou o seu processo de reforma curricular há 2 anos, definindo, o perfil do egresso, por meio da análise de relatórios de avaliações do curso, demandas de docentes e discentes, revendo as evidências científicas sobre o ensino médico, atento às diretrizes curriculares nacionais e para a extensão na graduação. A formação generalista, autonomia para atualização, novas formas de diagnóstico e terapêutica, a organização da atenção à saúde no SUS, aspectos éticos e o uso da tecnologia na atuação profissional foram aspectos considerados para orientar as competências a serem atingidas. Em 2022, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) foi ampliado para acompanhar e orientar os trabalhos. Definiram-se premissas para o novo currículo. Dez etapas de trabalho e um cronograma, incluindo a capacitação docente, fórum de discussão da formação básica com Instituto de Biologia e uma consultoria de uma especialista internacional complementaram a estratégia. Unidade curriculares transversais, disciplinas eletivas e extracurriculares e disciplinas inovadoras na formação médica serão desenhadas utilizando novas metodologias de ensino e avaliação. Cinco eixos curriculares orientam o novo currículo, a ser implantado a partir de 2024: bases do cuidado à saúde, assistência à saúde do indivíduo, assistência à saúde da população e gestão em saúde, aprendizagem continuada e bases científicas da prática médica e ética, profissionalismo e carreira. Esses eixos orientarão, longitudinalmente, o detalhamento das unidades curriculares por grupos de trabalho de docentes e discentes, para alocar as competências e estratégias educacionais para garantir o perfil de egresso definido, alinhado com as necessidades do futuro.
Palavras-chave
educação médica, ensino superior, reforma curricular