4–6 Nov 2025
Universidade Estadual de Campinas
America/Sao_Paulo timezone
Submissão de Resumos encerrada, resultados em 10/9

IA NA EDUCAÇÃO MÉDICA: RISCOS, RESPONSABILIDADES E CAMINHOS PARA UMA INTEGRAÇÃO ÉTICA E SEGURA

Not scheduled
20m
Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (Universidade Estadual de Campinas)

Auditório da Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Estadual de Campinas

R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Campinas - São Paulo
Pôster virtual

Speaker

Prof. Amanda Vasconcelos de Albuquerque (Faculdade de Medicina de Olinda)

Description

Introdução: A inteligência artificial (IA) tem potencial para transformar a educação médica, apoiando ensino, avaliação e simulação clínica. Entretanto, sua incorporação suscita implicações éticas e regulatórias ainda pouco consolidadas, que exigem análise crítica para garantir práticas pedagógicas seguras, transparentes e equitativas.
Objetivos: Examinar, com base na literatura recente, como a IA vem sendo aplicada na formação médica e quais implicações éticas e regulatórias são descritas, além de identificar limitações e caminhos propostos para sua integração responsável.
Metodologia: Conduziu-se uma revisão integrativa em quatro bases (PubMed, Science Direct, Web of Science e Plataforma CAPES), incluindo artigos de 2018 até agosto de 2025, nos idiomas inglês e português. Foram considerados trabalhos que abordassem IA na educação médica com dimensão ética ou regulatória explícita. Após triagem, 18 estudos foram incluídos. Dados foram extraídos sobre desafios, lacunas e recomendações, e analisados quantitativamente e tematicamente.
Resultados: Entre os estudos, 61% destacaram viés algorítmico e equidade, 39% privacidade e proteção de dados, 33% transparência e explicabilidade, 28% autoria e responsabilidade, e 17% segurança do paciente em simulações. Percepções de estudantes revelaram que 71,7% esperavam impacto positivo da IA e 74,9% demandaram ensino formal em IA e ética. Quanto à regulamentação, 78% apontaram ausência de políticas institucionais claras, apenas 6% relataram treinamento formal em GenAI, e 17% mencionaram iniciativas emergentes de governança. Dez estudos (56%) defenderam curricularização de ética em IA, e 33% enfatizaram capacitação docente. Lacunas incluem escassez de estudos empíricos (17%), baixa representatividade internacional (11%) e inexistência de indicadores validados para impacto educativo.
Conclusão: O uso da IA na educação médica exige integração equilibrada entre inovação tecnológica, responsabilidade ética e governança regulatória. O fortalecimento de evidências empíricas e a criação de estruturas normativas consistentes são condições essenciais para que a IA contribua de modo seguro e equitativo para a formação médica.

Palavras-chave Educação Médica; Inteligência Artificial; Ética em Saúde; Regulação Educacional; Governança

Author

Prof. Amanda Vasconcelos de Albuquerque (Faculdade de Medicina de Olinda)

Co-authors

Zenaide Maria Trajano de Souza (Faculdade de Medicina de Olinda) Caroline Vitória Alves Amorim (Faculdade de Medicina de Olinda) Rayanne Rodrigues Angelo Viana (Faculdade de Medicina de Olinda)

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