4–6 Nov 2025
Universidade Estadual de Campinas
America/Sao_Paulo timezone
Submissão de Resumos encerrada, resultados em 10/9

Inteligência Artificial em processos seletivos para o Ensino Superior: uma análise comparativa de regulações

Not scheduled
20m
Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (Universidade Estadual de Campinas)

Auditório da Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Estadual de Campinas

R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Campinas - São Paulo
Comunicação oral presencial Práticas de Educação Inclusiva e Ética com Tecnologias e IA

Speakers

Ms Claudia Teixeira Affonso Alves (Universidade Estadual de Campinas) Victor Freitas Vicente (Universidade de São Paulo)

Description

A crescente utilização de sistemas de inteligência artificial (IA) em processos de seleção para o ensino superior tem levantado debates sobre inclusão, ética e justiça algorítmica. Universidades e governos em diferentes países vêm testando ou regulamentando ferramentas de automação para análise de candidaturas, triagem de documentos, correção de provas e entrevistas virtuais. Este trabalho busca mapear e comparar regulações e diretrizes nacionais relativas ao uso de IA em admissões universitárias, com foco em Brasil, Estados Unidos, China e União Europeia.

O objetivo é analisar como distintos contextos regulatórios lidam com os riscos de viés algorítmico, exclusão digital e falta de transparência, ao mesmo tempo em que procuram aproveitar potenciais benefícios da automação. A metodologia combina revisão bibliográfica com análise documental de legislações, relatórios e marcos regulatórios, privilegiando três dimensões: (1) limites legais e éticos para o uso de IA em seleção universitária; (2) medidas de mitigação de vieses e salvaguardas; (3) potenciais impactos dessas políticas sobre o acesso de grupos historicamente sub-representados.

Resultados preliminares indicam que, enquanto o Brasil ainda carece de regulação específica e depende de marcos gerais como a LGPD e o debate em torno do PL 2338/2023, os Estados Unidos avançam em iniciativas estaduais e diretrizes institucionais que exigem transparência, auditoria de algoritmos e prestação de contas. A União Europeia, por sua vez, trata os sistemas de admissão automatizada como de “alto risco” no AI Act, impondo requisitos de governança, explicabilidade e avaliação de impacto. Já a China incorpora algoritmos de avaliação em sua política educacional, priorizando o controle estatal e a eficiência administrativa.

Conclui-se que a discussão sobre IA e processos seletivos no ensino superior deve ir além da eficiência administrativa, abordando sobretudo os riscos de exclusão e injustiça algorítmica. A regulação comparada oferece subsídios para orientar práticas institucionais e políticas públicas inclusivas e responsáveis.

Palavras-chave Inteligência artificial; Processos seletivos; Ensino superior; Regulação; Equidade

Authors

Ms Claudia Teixeira Affonso Alves (Universidade Estadual de Campinas) Victor Freitas Vicente (Universidade de São Paulo)

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