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Este resumo emerge das leituras e pesquisa de um grupo que estuda o tema das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) e Inteligência Artificial (IA) no Ensino Superior, as quais impulsionam mudanças que marcam as subjetividades, a exemplo dos impactos da escrita, da eletricidade, do rádio até o fenômeno recente que é a IA. A sociedade atual se traduz por infomundo, caracterizada pelo fluxo contínuo e instantâneo de informações definido como infosfera. Assim como os vírus e o algorítmo, as informações, as TDIC e os dados formam com o humano uma ecologia-conectiva com a qual interagimos permanentemente. Para o pós-humanismo, o ser humano assume uma dimensão híbrida, constituído pela biologia e os atravessamentos da tecnologia. É perceptível a presença de vírus ou da dinâmica do ecossistema biológico e dos dados atuando permanentemente em nossa experiência de vida. Não é possível ter consciência da influência contínua das tecnologias em nossa subjetividade. Consciência e percepção, atenção e memória construtos valiosos da cognição humana estariam sendo afetados por esta hiperconexão? Pesquisadores identificaram que os fenômenos de declínio e descarregamento cognitivo associado às TDIC, podem gerar impactos negativos na atenção sustentada, memória e na regulação emocional. Na perspectiva da formação acadêmica, a relação com as tecnologias estará produzindo impactos nas subjetividades de modos que as habilidades ontológicas sejam prejudicadas pela aceleração e hiperconexão instituída e internalizada pelos modos de vida contemporâneos? A pesquisa propõe refletir os impactos das TDIC e IA na geração de estudantes que ingressam na universidade e como as metodologias de ensino ajudam a desenvolver o compromisso ético com o conhecimento e responsabilidade com a alteridade assim como manter latente o espírito crítico para as questões relacionadas ao mundo, sujeitos e tecnologias.
Palavras-chave | TDIC. IA. Subjetividade. Ensino. |
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