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Esta pesquisa tem como objetivo analisar criticamente o uso de ferramentas tecnológicas digitais com Inteligência Artificial (IA) por estudantes surdos no Ensino Superior. O avanço da IA possibilita a criação de soluções que favorecem a interação visual, aspecto central para a comunidade surda, por meio de tradutores automáticos, gerador de legendas em tempo real, reconhecimento de sinais e avatares que produzem conteúdos em Língua Brasileira de Sinais (Libras). A pesquisa foi conduzida por meio de revisão bibliográfica com abordagem qualitativa, contemplando o levantamento de produções científicas dos últimos cinco anos que trazem aplicações de recursos tecnológicos digitais com IA em contextos educacionais inclusivos. Foram consideradas duas bases de dados: Periódicos Capes e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Os resultados revelam limitações e desafios éticos relacionados a essas tecnologias, como a dependência de bases de dados ainda restritas, a padronização de sinais da Língua Brasileira de Sinais (Libras) sem considerar variações regionais e culturais, além de riscos de exclusão, caso os recursos não sejam disponibilizados de forma acessível a todos. Apesar dos desafios apontados, a Inteligência Artificial apresenta um potencial significativo para reduzir barreiras comunicacionais e ampliar a acessibilidade e participação de pessoas surdas no Ensino Superior. Contudo, reforça-se a necessidade de um uso ético, responsável e crítico dessas ferramentas, de modo que contribuam efetivamente para uma educação mais inclusiva e equitativa.
Palavras-chave | Educação Inclusiva; Comunidade Surda; Ensino Superior; Inteligência Artificial; Ética. |
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