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O presente estudo analisa as vivências de acadêmicos inseridos em um grupo de pesquisa de uma Universidade Comunitária no Sul do Brasil. O objetivo é investigar de que forma os participantes selecionam e validam informações obtidas por meio de prompts de Inteligência Artificial (IA). Este ensaio busca incentivar o uso crítico das ferramentas de inteligências artificiais, especialmente no que se refere à seleção e análise de respostas geradas automaticamente por prompts de comando, frequentemente vistas como soluções rápidas para dúvidas cotidianas. Para isso, adotou-se uma abordagem qualitativa, fundamentada nos pressupostos da Fenomenologia e Hermenêutica. A metodologia incluiu observações em campo de encontros presenciais e virtuais, nos quais os acadêmicos discutiam dúvidas e hipóteses surgidas a partir de suas interações com ferramentas de IA, à luz de autores das áreas das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) , pós-fenomenologia e processos de Ensino. Os resultados indicam que o uso de ferramentas de IAs, especialmente em suas versões gratuitas (free), é recorrente entre os acadêmicos. No entanto, observou-se uma postura cautelosa na busca por referências fidedignas, evidenciando a importância da análise crítica na seleção de materiais digitais para estudo. Os participantes demonstraram constante preocupação em discernir o que é verdadeiro ou falso. Conclui-se que, apesar da velocidade com que as IAs oferecem respostas, a tomada de decisões fundamentadas e o olhar crítico humano são indispensáveis para o aprofundamento do conhecimento. Os dados sugerem que o ser humano evolui cognitivamente à medida que questiona, valida e diferencia as respostas automáticas oferecidas por prompts, posicionando-se de forma ativa diante das IA.
Palavras-chave | Inteligência artificial. Pensamento crítico. Educação Superior. |
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