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Este trabalho teve como objetivo analisar os processos dialógicos de construção do conhecimento mediados por inteligência artificial em contextos educacionais formais, contribuindo para o desenvolvimento de uma epistemologia educacional das potencialidades transformadoras da cognição híbrida na construção do conhecimento científico e pedagógico.
O objeto de estudo centrou-se na evolução do questionamento crítico nas interações estudante-IA através da implementação do programa ELABORA, utilizando uma estrutura conceptual de cinco níveis de complexidade - Perguntas Gerais e Definidoras (PGD), Perguntas Específicas (PE), Perguntas Aplicadas (PA), Perguntas Integradoras (PI) e Perguntas de Engajamento Crítico (PEC). A progressão do pensamento crítico foi enquadrada nos pressupostos epistemológicos do estudo de (Brazão & Tinoca, 2024).
A metodologia empregou técnicas etnográficas digitais para análise qualitativa dos processos metacognitivos emergentes da tríade humano-IA-humano. O programa ELABORA constitui-se como o grande artefacto sociotecnológico que operacionalizou o registo etnográfico detalhado das interações híbridas e a emergência de padrões de questionamento numa ecologia cognitiva distribuída.
Os resultados analisados evidenciaram a reconfiguração dos processos de construção do conhecimento através da cognição distribuída, demonstrando como as práticas pedagógicas híbridas valorizam a metacognição distribuída e promovem a emergência de comunidades de prática onde inteligências humanas e artificiais coexistem e co-constroem conhecimento. As implicações para a inovação pedagógica apontam para uma transformação profunda dos ambientes educativos baseada na teoria da complexidade aplicada aos contextos de aprendizagem.
Palavras-chave | artefactos sociotecnológicos, cognição distribuída, inteligência artificial generativa, questionamento crítico, inovação pedagógica. |
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