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Este trabalho objetivou analisar como as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação podem contribuir para o processo formativo de estudantes surdos no ensino superior, considerando os desafios da educação bilíngue. Realizamos pesquisa bibliográfica e documental, de abordagem qualitativa. Os dados documentais foram buscados na Biblioteca Digital da UNESCO (Organização das Nações Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura) e no Repositório Digital da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), a fim de verificar o que eles têm apresentado sobre o uso das tecnologias digitais no processo formativo de surdos no ensino superior, numa perspectiva bilíngue, de 2020 a 2024. Os dados foram analisados segundo a Análise de Conteúdo de Bardin (2011) divididos em quatro categorias e articulados com os pressupostos da teoria sócio interacionista de Vigotsky, que compreende o desenvolvimento humano como um processo mediado social e culturalmente, a partir das interações com o outro e com ferramentas simbólicas, como a linguagem e a tecnologia. Os resultados apontaram que, mesmo as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação sendo consideradas por organismos internacionais como meios importantes para garantir igualdade na educação, ainda existem lacunas no que diz respeito à inclusão de estudantes surdos em ambientes bilíngues no ensino superior. Além disso, foi possível identificar que embora tenha havido avanços significativos, principalmente em relação ao reconhecimento do papel das ferramentas digitais e a necessidade de formação docente para atuar de modo a utilizar esses meios como facilitadores e mediadores no processo formativo de surdos, na perspectiva bilíngue, negligenciam a importância das línguas de sinais neste processo.
Palavras-chave | Educação bilíngue; Ensino superior; Inclusão de Surdos; Tecnologias digitais. |
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