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Resumo: A inclusão educacional no âmbito do ensino superior demanda uma mudança paradigmática que rompa com o simples acesso e assegure a participação plena de todos os estudantes, reconhecendo a variedade de perfis como um dos princípios estruturantes da universidade. Cabe à instituição de ensino transformar-se para ser “incondicionalmente aberta a todos os alunos”, rompendo com práticas excludentes. As tecnologias digitais desempenham um importante papel nesse processo ao oferecer recursos que ampliam a acessibilidade, a personalização e a autonomia no percurso formativo. De modo complementar, a Inteligência Artificial (IA) propicia ambientes responsivos e adaptativos, feedbacks automatizados e a identificação de dificuldades de aprendizagem, favorecendo formações mais equitativas. Entretanto, é necessário evitar um determinismo tecnológico que ignore a complexidade do processo educativo. Sob a ótica do Pensamento Complexo, a educação deve ser compreendida como um sistema multifacetado e interdependente, em que a complexidade precisa ser reconhecida e gerenciada, evitando simplificações reducionistas. Essa abordagem complexa contribui, portanto, para a incorporação crítica da Inteligência Artificial e das tecnologias digitais na elaboração de práticas pedagógicas mais inclusivas, éticas e que assegurem a participação ativa e o protagonismo de todos os estudantes, promovendo assim uma educação equitativa, humanizada e comprometida com transformação social. O presente estudo, de caráter teórico bibliográfico tem como objetivo analisar a incorporação da IA e das tecnologias digitais na educação superior a partir do Pensamento Complexo, evidenciando seus desafios e possibilidades.
Palavras-chave | Inteligência artificial; Tecnologias Digitais; Educação Superior; Inclusão educacional; Pensamento Complexo. |
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