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Description
A chamada Inteligência Artificial (IA) tornou-se símbolo de inovação tecnológica e promessa de eficiência, mas carrega implicações críticas ao ser apropriada pela lógica do capital. Mais do que ferramenta, a IA representa uma mudança paradigmática na estrutura do conhecimento, transformando inteligência em performance algorítmica e reduzindo o sujeito a operador. Inspirando-se nas reflexões de Hugo Assmann, Franz Hinkelammert e Paulo Freire, o estudo evidencia como a racionalidade técnica, quando desvinculada de uma ética libertadora, assume caráter fetichista: a tecnologia aparece como solução universal, mas serve prioritariamente à expansão do lucro, à produtividade e ao controle social. Essa dinâmica desloca o debate das condições estruturais do trabalho para a suposta inevitabilidade tecnológica, alimentando medos de substituição e precarização. Nesse contexto, o papel do docente é central: cabe-lhe problematizar o uso da IA na formação crítica, desmontar mitos tecnocientíficos e resgatar a dimensão ética do conhecimento. Inspirado no pensamento freireano, o educador deve cultivar consciência crítica, promovendo uma educação em que a técnica esteja a serviço da vida, da justiça e da emancipação, e não submetida à lógica instrumental do capital.
Palavras-chave | nteligência Artificial; Capital; Conhecimento; Docência; Emancipação. |
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