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O avanço da Inteligência Artificial (IA) no campo educacional exige uma reflexão crítica sobre os processos de formação docente universitária. Este estudo apresenta uma revisão de literatura com abordagem tricontinental, contemplando perspectivas europeia/global, latino-americana e africana, com o objetivo de identificar as principais temáticas, como a IA está sendo incorporada nas práticas pedagógicas e os desafios impostos à formação docente. A metodologia consistiu na seleção e análise de artigos por meio das ferramentas de IA Scispace, Perplexity e Adapta, com verificação e validação das fontes consultadas. A análise dos textos foi conduzida à luz da Teoria Crítica Social, com ênfase em uma leitura crítica e interpretativa das abordagens identificadas. Os achados revelam que a perspectiva europeia/global se concentra no uso da IA para otimização da aprendizagem, com foco em personalização e análise de dados. A abordagem latino-americana enfatiza a apropriação crítica e decolonial da IA, problematizando seus vieses e defendendo a coautoria de saberes contextualizados. Já a perspectiva africana destaca a IA como recurso pragmático para superar barreiras de acesso à educação, ancorada na filosofia Ubuntu e na promoção da soberania pedagógica. Embora com filosofias distintas, todas as abordagens reconhecem a urgência de formar docentes capazes de atuar de forma crítica, ética e culturalmente situada frente aos desafios e potencialidades da IA. Identifica-se, entretanto, uma lacuna de pesquisas empíricas sobre o uso da IA em pedagogias decoloniais e comunitárias. Propõe-se, assim, a construção de um diálogo crítico e intercultural entre contextos regionais como estratégia formativa essencial para orientar políticas educacionais e práticas pedagógicas mais inclusivas e socialmente comprometidas com os desafios globais da educação superior.
Palavras-chave | Formação docente; Inteligência Artificial; Educação Superior; Teoria Crítica; Perspectiva Tricontinental. |
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