4–6 Nov 2025
Universidade Estadual de Campinas
America/Sao_Paulo timezone
Submissão de Resumos encerrada, resultados em 10/9

Realidade Aumentada Remota versus Simulação Tradicional no Desempenho de Líderes de Equipe em Cenário de Parada Cardíaca: ensaio clínico randomizado de não inferioridade

Not scheduled
20m
Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (Universidade Estadual de Campinas)

Auditório da Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Estadual de Campinas

R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Campinas - São Paulo
Comunicação oral virtual Inovações Tecnológicas e Metodológicas para Educação Virtual e Híbrida

Speaker

Renan Gianotto-Oliveira (Pós Graduação FCM Unicamp)

Description

Introdução
O treinamento em Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) por meio de simulação presencial enfrenta barreiras como altos custos, necessidade de espaço físico e baixa escalabilidade. Simulações em realidade aumentada (RA) oferecem uma alternativa remota e mais eficiente em termos de recursos. Hipotetizamos que o desempenho de líderes de equipe em um cenário simulado de fibrilação ventricular (FV) durante a simulação remota em RA seria não inferior ao da simulação presencial tradicional.

Métodos
Este ensaio clínico randomizado internacional, de não inferioridade, comparou o desempenho de líderes de equipe em um cenário simulado de FV entre participantes que realizaram a simulação remota em RA, conduzida por instrutor, e aqueles que participaram de simulação tradicional presencial. Ambos os grupos enfrentaram cenários idênticos de FV. O desempenho do líder foi avaliado por meio de um checklist adaptado e validado para liderança cognitiva e de uma medida observacional de comportamento (Behaviorally Anchored Rating Scale, BARS). Os desfechos secundários incluíram a avaliação, pelos participantes do grupo RA, da usabilidade e da ergonomia.

Resultados
Entre junho e agosto de 2024, 50 médicos residentes em clínica médica e medicina de emergência foram randomizados para os grupos RA ou presencial (25 por grupo). Quarenta e dois completaram integralmente o estudo (RA: n = 22; presencial: n = 20). O grupo RA demonstrou desempenho não inferior ao grupo tradicional em todos os desfechos. As pontuações no checklist foram 41,6 (DP = 6,2) no grupo RA e 42,6 (DP = 5,8) no grupo presencial. O intervalo de confiança de 95% do grupo RA [38,9–44,4] esteve acima do limiar de não inferioridade de 34,1 (20%). Usabilidade e ergonomia foram avaliadas positivamente pela maioria dos participantes.

Conclusão
Os participantes da simulação remota em RA apresentaram desempenho não inferior em termos de tomada de decisão e comportamento como líderes de equipe quando comparados à simulação presencial tradicional. Esses achados sugerem que a RA remota pode constituir uma estratégia viável para ampliar o acesso ao treinamento clínico baseado em cenários, especialmente em contextos com recursos limitados. Os participantes também relataram alta usabilidade e baixo ônus ergonômico, indicando conforto no uso do headset.

Registro do ensaio: clinicaltrials.gov, número NCT06326450

Palavras-chave simulação; realidade aumentada; suporte avançado de vida; educação médica; ensaio clínico randomizado

Author

Renan Gianotto-Oliveira (Pós Graduação FCM Unicamp)

Co-authors

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