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A difusão acelerada de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) na Educação Superior tem impulsionado transformações no ensino de programação. No entanto, observa-se que muitas abordagens ainda permanecem centradas no desempenho técnico e na automação, com pouca atenção a aspectos como autoria, ética e formação crítica dos estudantes. Este trabalho propõe o vibe coding como uma abordagem pedagógica emergente que integra IA Gen, criatividade e diálogo para fomentar o letramento crítico em IA. Esse letramento compreende o desenvolvimento de competências para interagir com sistemas algorítmicos de forma ética, reflexiva e situada, considerando aspectos como viés, opacidade e responsabilidade no uso de modelos generativos. No vibe coding, estudantes são estimulados a interagir com modelos de linguagem em ciclos iterativos de codificação em linguagem natural, praticar engenharia de prompts e lidar com feedback responsivo gerado por IA. Essa dinâmica promove metacognição, análise crítica de respostas automatizadas e a elaboração de compreensões contextualizadas sobre o funcionamento, limitações e implicações sociais dos sistemas algorítmicos. A presente pesquisa está em fase de consolidação teórico-metodológica, com foco na sistematização exploratória de práticas pedagógicas mediadas por IA. Argumenta-se que o vibe coding atua como vetor de letramento crítico, promovendo experiências pedagógicas que deslocam o foco da reprodução técnica para a formação ética e autoral no ensino superior.
Palavras-chave | vibe coding; inteligência artificial; letramento crítico; ética algorítmica; educação superior |
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