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No contexto do crescente uso de tecnologias de inteligência artificial (IA) na educação superior, este estudo, ainda em andamento, objetiva investigar as percepções e atitudes de estudantes universitários em relação ao uso, consumo e produção com tecnologias digitais e inteligência artificial (IA) no contexto formativo (Apoio: FAPESP 2022/05908-0, FAEPEX 2546/23).Trata-se de uma investigação de metodologia mista, de natureza quali-quantitativa, caracterizada como pesquisa do tipo survey. Para geração de dados, aplicou-se um questionário temático online (Google Forms) com 115 questões fechadas e abertas a 128 licenciandos, com idade média de 24 anos, de diversas licenciaturas (Dança, Filosofia, Química, Matemática, Física, Intg. em Física/Química), seguido de entrevistas semiestruturadas para aprofundamento qualitativo. Essa estratégia permite capturar tanto a dimensão quantitativa dos usos quanto as nuances qualitativas das percepções. Os resultados indicam que os estudantes frequentemente utilizam IA embutidas em ferramentas (como corretores ortográficos e gramaticais e tradutores), muitas vezes de forma naturalizada ou inconsciente. O uso declarado concentra-se em tarefas textuais e acadêmicas básicas, como redação de textos, busca de informações e organização de atividades, com menor exploração de funcionalidades técnicas, criativas ou analíticas. A percepção geral sobre as IAs é favorável: a maioria rejeita a proibição de chatbots (60,2%), compreendendo-os como recursos legítimos e úteis no contexto acadêmico. Contudo, cerca de um quarto dos respondentes condiciona o uso da IA a critérios éticos e pedagógicos claros. Esses achados apontam para lacunas tanto de apropriação quanto de formação, indicando que o uso técnico nem sempre vem acompanhado de compreensão crítica. Nesse sentido, reforçam a necessidade de inovações curriculares que integrem o letramento em IA à formação no ensino superior, estabelecendo orientações pedagógicas para o uso crítico e ético dessas tecnologias, de modo a potencializar seus benefícios formativos e mitigar riscos.
PALAVRAS-CHAVE: formação Docente; tecnologias digitais, inteligência artificial; letramento digital, competência
Palavras-chave | PALAVRAS-CHAVE: formação Docente; tecnologias digitais, inteligência artificial; letramento digital, competência midiática |
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