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Introdução: O uso de diferentes Inteligências Artificiais (IAs) pode ser observado em cursos superiores, sendo instrumentos utilizados por docentes e por discentes com diferentes finalidades. O uso de ferramentas como ChatGPT para a escrita científica ainda é, todavia, muito debatido, principalmente por conta de aspectos éticos. Objetivos: Analisar a capacidade de identificação de possível uso de IA em resumos já publicados e resumos gerados pelo ChatGPT através de três softwares gratuitos. Metodologia: Trata-se de um estudo comparativo, o qual observou a capacidade de identificação de IA em resumos humanos e feitos pelo ChatGPT através dos softwares Grammarly, Justdone e Copyleaks. 50 resumos humanos foram selecionados em períodos anteriores a 2020, enquanto 50 resumos foram criados pelo ChatGPT a partir de um prompt de comando com descritores relacionados aos resumos humanos e 50 resumos foram reescritos a partir de um prompt de comando igualmente desenvolvido e aplicado. Bioestat 5.0 foi utilizado para a análise estatística descritiva. Resultados: Grammarly foi excluído pela incapacidade de detecção em língua portuguesa. Copyleaks foi capaz de detectar maior participação de IA em resumos recriados e feitos pelo ChatGPT (99.28% e 99.06%) em comparação aos resumos humanos (67.54%), mas a detecção em obras humanas ainda foi imprecisa e alta. Justdone detectou maior participação de IA em textos humanos (85.80%) em comparação aos textos recriados pela IA (85.72%). Textos inéditos ainda obtiveram maior detecção (85.92%). Conclusões: Os três softwares apresentaram imprecisões no que se refere a capacidade de distinção entre um texto redigido por humano e um texto IA, mostrando um avanço na escrita textual da ferramenta textual. O cenário mostra-se preocupante por possíveis ferimentos de princípios morais na avaliação de trabalhos acadêmicos.
Palavras-chave | Inteligência Artificial Generativa; ChatGPT; Algoritmo de Detecção |
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