4–6 Nov 2025
Universidade Estadual de Campinas
America/Sao_Paulo timezone
Submissão de Resumos encerrada, resultados em 10/9

IA e ações extensionistas: quais os limites éticos para seu uso?

Not scheduled
20m
Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (Universidade Estadual de Campinas)

Auditório da Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Estadual de Campinas

R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Campinas - São Paulo
Comunicação oral presencial Curricularização da Extensão e desenvolvimento de competências digitais

Speaker

TARSILA TEIXEIRA VILHENA LOPES (UNIFESP)

Description

É crescente o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) no ensino superior, inclusive nas atividades extensionistas. Diante desse cenário, surgem questionamentos: como reconhecer se os estudantes realmente realizaram as ações previstas em um projeto de extensão ou se apenas inventaram as experiências utilizando IA? Qual deve ser a postura da universidade frente a esse desafio ético? Compreender essas questões é fundamental, sobretudo no campo da extensão, que pressupõe vivências concretas e interativas com a comunidade. Este estudo parte de um relato narrativo fictício, inspirado em vivências reais no ensino superior, para refletir sobre os efeitos do uso acrítico de IA por estudantes universitários. O caso descreve a experiência de um docente que, ao avaliar um projeto extensionista, percebe que as ações relatadas e documentadas com imagens foram simuladas, geradas por IA, sem nenhuma participação efetiva dos estudantes na comunidade. Apesar da clareza da situação, a universidade em questão ainda não dispõe de normativas oficiais que orientem o uso da IA nas práticas acadêmicas. E agora? Qual conduta deve adotar o tutor responsável por acompanhar a formação ética desses estudantes? A partir desse caso, o trabalho propõe uma reflexão sobre integridade acadêmica, formação crítica e responsabilidade docente diante da emergência das tecnologias generativas. Também sugere a necessidade urgente de políticas institucionais que considerem as especificidades da extensão e da formação universitária frente à inteligência artificial. Compreender as implicações da IA no ensino é o primeiro passo para enfrentar esse novo cenário. Sem reflexão crítica e ações concretas das instituições, não há transformação efetiva nas práticas formativas. Pois, como nos ensina Paulo Freire, educar é sempre um ato político comprometido com a libertação, não com a substituição do humano pela máquina.

Palavras-chave Ensino Superior; Inteligência Artificial; Extensão Universitária; Avaliação Educacional; Ética.

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