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Este trabalho apresenta resultados de uma investigação que teve como objetivo geral examinar a aplicação de uma proposta formativa desenvolvida na educação superior, no contexto da formação inicial de professores para a educação básica de surdos (Apoio: FAPESP 22/05908-0; FAEPEX 3348/24). A proposta consistiu em uma unidade didática com abordagem de metodologia ativa baseada em problema/projeto, cuja realização incluiu, entre outras atividades, a elaboração de planos de aula e vídeos educacionais com o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa como apoio à produção pedagógica por equipes de licenciandos de diferentes cursos, promovendo análise reflexiva sobre os usos possíveis da IA em práticas de planejamento docente. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, de perspectiva etnográfica, e utilizou como fontes registros videogravados, diários de campo e materiais produzidos pelos participantes. Para este trabalho, a análise concentrou-se nos posicionamentos e concepções dos licenciandos sobre o uso de ferramentas de IA para fins educacionais. Os resultados revelaram posturas diversas, que variaram entre o entusiasmo e o ceticismo, evidenciando tensões entre a autonomia docente e a delegação de tarefas à tecnologia. A experiência formativa também permitiu observar como os licenciandos enfrentaram desafios cognitivos e éticos no uso da IA, articulando conhecimentos conceituais e processuais no planejamento de práticas pedagógicas bilíngues e inclusivas. Conclui-se que a apropriação pedagógica e intencional de tecnologias com IA na formação inicial docente pode ampliar os repertórios didáticos dos futuros professores e, ao mesmo tempo, favorecer compreensões mais situadas sobre os limites e potencialidades dessas ferramentas no campo educacional.
| Palavras-chave | formação inicial de professores; inteligência artificial; metodologias ativas |
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