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A Inteligência Artificial (IA) tornou-se uma tecnologia de propósito geral, alterando o modo de interação entre seres humanos e tecnologia. Atividades profissionais foram afetadas, surgindo novas profissões, alterando outras e cancelando profissões atualmente constituídas. Entretanto, apesar de ser cada vez mais utilizada, não há clareza do que realmente pode ser feito, quais seus princípios e possíveis evoluções. Por ser uma nova tecnologia, o imaginário popular confunde realidade com desejos, preconceitos e receios.
Com o objetivo de levantar as percepções e crenças de estudantes em relação à possibilidade da IA suplantar a Inteligência Humana (IH), o tema foi abordado, numa instituição de Ensino Superior com caráter público e direito privado no Estado de São Paulo, em forma de rodas de conversa para três turmas: uma de “Ciência de Dados e IA” (T1) e duas de “Administração” (T2 e T3), todas no período noturno.
Atingiu-se 124 estudantes: turma T1 com 43 alunos, na disciplina de “IA”, ministrada no 3º semestre da grade curricular; T2 com 41 alunos, na disciplina de “Big_Data_e_Data_Analytics” no 7º semestre; e T3 com 40 alunos em disciplina semelhante, mas para o 5º semestre. Para levantar dados, após rodas de conversa em sala de aula, usou-se uma questão dissertativa em prova, realizada em dupla para estimular a troca de ideias. Além da referida questão, que solicitou posicionamento pessoal sobre o tema, justificando-o com três argumentos, houve ainda outra questão dissertativa e sete questões de múltipla escolha, valendo um ponto cada e um ponto e meio para cada questão dissertativa, totalizando dez pontos como nota da prova. Foi utilizado um software para análise de dados textuais (IRAMUTEQ) para categorização das respostas.
Considerando apenas as notas na questão de interesse, que valiam 1.5 pontos, e seu desvio-padrão, apurou-se, respectivamente, 0.81±0.38 para T1; 0.87±0.35 para T2; 0.81±0.41 para T3.
O resultado da pesquisa apontou que houve um equilíbrio entre o posicionamento se a IA suplantaria a IH, com uma leve maioria (52.4%) apontando que a IA não suplantaria a IH. Foi possível perceber uma maior facilidade de responder questões dissertativas nas turmas T2 e T3.
| Palavras-chave | Inteligência Artificial; Rodas de Conversa; Percepções |
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