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Description
A pesquisa traça os contornos de processos de experimentação curricular engendrados no corpo de um estudo de mestrado, vividos em roda de conversa com professores-aprendentes de Ciências da Natureza e Matemática numa escola pública da Zona Leste de Manaus. Problematizamos os modos pelos quais esses professores inventam e reinventam formas outras de experienciar o currículo — sempre em trânsito entre diferenças, singularidades, multiplicidades e processos de subjetivação. Defendemos as micropolíticas como territórios intensivos, onde forças e resistências se entrelaçam, fazendo proliferar currículos-menores: rizomáticos, errantes, desterritorializantes, capazes de corromper os estratos de uma educação dogmática. Nesta tessitura, acionamos os pensamentos de Deleuze, Guattari, Corazza, Paraíso, Gallo, entre outros, como linhas de fuga que nos ajudam a cartografar os afetos, os embates e as composições que emergem na imanência dos encontros escolares. Concluímos que os professores operam movimentos inventivos que escapam às formas rígidas da transmissão, fazendo do ato de ensinar uma arte da experimentação, que se refaz e se desdobra nas fissuras e nos interstícios do cotidiano escolar.
Palavras-chave | Filosofia da diferença; currículo; docência; micropolítica. |
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