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Inteligência Artificial Generativa na Manutenção das Atividades Educacionais:
Uma Reflexão sobre o Uso do ChatGPT na Escola
Resumo
Este artigo explora o papel da inteligência artificial generativa (IAG), em especial o uso do ChatGPT, como ferramenta na manutenção das atividades educacionais. Apoiado na literatura especializada e em obras anteriores produzidas pelo autor, o trabalho discute potencialidades e desafios do ChatGPT na educação escolar, enfatizando seu uso como recurso complementar à ação docente, com destaque para situações emergenciais e personalização da aprendizagem. A análise crítica proposta reforça a necessidade da formação docente em competências digitais, destacando a importância da engenharia de prompt para o uso ético e eficiente dessa tecnologia.
Palavras-chave: Inteligência Artificial Generativa; ChatGPT; Educação; Competências Digitais; Formação Docente.
Introdução
O avanço das tecnologias digitais, particularmente a inteligência artificial generativa (IAG), como o ChatGPT, está impulsionando transformações significativas no cenário educacional contemporâneo. A necessidade de adaptação rápida das escolas durante e após a pandemia acelerou ainda mais esse processo, colocando tecnologias emergentes como parte integrante da rotina educacional (Santos Filho et al., 2023; Brito, 2024).
Neste contexto, surge a necessidade de refletir criticamente sobre o uso pedagógico dessas tecnologias, sobretudo em situações que exigem manutenção contínua e personalizada das atividades escolares. Assim, este artigo tem como objetivo discutir como o ChatGPT pode contribuir, dentro de certos limites éticos e pedagógicos, na continuidade das práticas educativas, baseando-se em publicações anteriores do autor, tais como A Escola com Inteligência Artificial Generativa (Brito, 2024) e Educação, Tecnologias e Prática Docente (Narciso et al., 2024).
Inteligência Artificial Generativa e Educação
A inteligência artificial generativa refere-se a sistemas que conseguem gerar conteúdos originais, baseados em padrões aprendidos a partir de grandes volumes de dados. Conforme definido por Brito (2024), “a inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, representa uma evolução significativa em relação às tecnologias digitais tradicionais, oferecendo possibilidades inéditas para a criação de conteúdos educacionais personalizados.”
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) reforçam a necessidade de promover a cultura digital nas instituições escolares, destacando competências relacionadas ao uso crítico e produtivo de tecnologias digitais (Brasil, 2018). Nesse sentido, o uso de ferramentas como o ChatGPT pode potencializar o desenvolvimento dessas competências, desde que inseridas em práticas pedagógicas mediadas conscientemente pelos docentes (Santos Filho et al., 2023).
Potencialidades do ChatGPT na Educação
Entre as principais vantagens do ChatGPT na educação, destacam-se:
- A capacidade de fornecer respostas rápidas e personalizadas.
- A facilidade de gerar conteúdos adaptados a contextos educacionais específicos.
Por exemplo, Santos Filho et al. (2023) destacam que “a integração de tecnologias no ambiente educacional promove a inovação e o desenvolvimento de habilidades como resolução de problemas, criatividade e colaboração.”
Na prática pedagógica, o ChatGPT pode atuar em situações como:
- Ausência temporária de professores, fornecendo orientação básica e respostas rápidas a dúvidas imediatas.
- Apoio na elaboração de materiais pedagógicos, desde roteiros de aula até instrumentos de avaliação formativa (Brito, 2024).
- Promoção da inclusão educacional através da personalização e adaptação de conteúdos para alunos com necessidades especiais (Santos, Medeiros & Meroto, 2024).
Desafios Éticos e Pedagógicos no Uso do ChatGPT
Apesar das vantagens, há desafios significativos associados ao uso do ChatGPT em contextos escolares. Narciso et al. (2024) alertam que “o uso acrítico de tecnologias digitais pode comprometer o desenvolvimento da autonomia e do senso crítico dos estudantes.”
A facilidade de geração automática de textos pode, inclusive, incentivar práticas de plágio e comprometer o processo de aprendizagem. Nesse contexto, torna-se essencial preparar professores para uma mediação crítica e consciente do uso de tais ferramentas digitais.
A engenharia de prompt, conforme definida por Brito (2024), refere-se à competência necessária para criar comandos eficazes que otimizem o desempenho das ferramentas de IAG. Brito argumenta que “a competência em engenharia de prompt é fundamental para a utilização ética e produtiva do ChatGPT, transformando docentes em mediadores ativos do processo tecnológico educacional” (Brito, 2024, p. 7).
Formação Docente e a Engenharia de Prompt
Considerando os desafios e as potencialidades apresentados, emerge a necessidade de programas de formação docente que incluam explicitamente competências relacionadas ao uso crítico e ético das tecnologias digitais, particularmente a engenharia de prompt.
De acordo com Santos Filho et al. (2023), a formação docente deve “preparar os educadores para utilizar as tecnologias de forma eficaz, a fim de proporcionar uma educação de qualidade e preparar os alunos para os desafios do século XXI.”
Nesse sentido, propostas curriculares recentes têm sugerido a inclusão explícita da engenharia de prompt nos cursos de licenciatura, como forma de ampliar a formação tecnológica e crítica dos futuros docentes (Brito, 2024).
Considerações Finais
A reflexão apresentada indica claramente que o uso do ChatGPT na escola oferece oportunidades valiosas para a manutenção das atividades educacionais, especialmente em contextos que exigem personalização e agilidade no atendimento pedagógico. No entanto, para que essa integração seja positiva, é fundamental que as instituições invistam na formação continuada dos docentes, enfatizando competências digitais avançadas, como a engenharia de prompt.
Assim, as escolas podem transformar o ChatGPT em uma ferramenta poderosa para complementar a atuação docente, garantindo uma educação mais inclusiva, dinâmica e eficaz diante dos desafios contemporâneos. Para tanto, é essencial que sejam estabelecidas políticas institucionais claras sobre o uso ético e pedagógico dessas tecnologias emergentes.
Referências
- Brito, E. (2024). A Escola com Inteligência Artificial Generativa. Santo Ângelo: Metrics.
- Narciso, R., Fernandes, A. B., Silva, C. K., & Guimarães, C. D. (2024). Educação, Tecnologias e Prática Docente: Limites e Perspectivas. Cruz Alta: Editora Ilustração.
- Santos Filho, E. B., Araujo, C. S., Nascimento, C. E., Timoteo, L. C., & Santos, S. M. A. V. (2023). Uso das ferramentas do programa Google for Education aliadas ao ensino e aprendizagem escolar. Revista Ilustração, v. 4, n. 5, p. 91-99.
- Santos, S. M. A. V., Medeiros, J. M., & Meroto, M. B. N. (2024). Práticas pedagógicas inclusivas e tecnologias: o caminho para o processo de aprendizagem. São José dos Pinhais: Editora Contemporânea.
- Brasil. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, Brasília.
| Palavras-chave | Inteligência Artificial Generativa; ChatGPT; Educação; Competências Digitais; Formação Docente./////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// |
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