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O uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como alternativa de apoio ao trabalho docente, especialmente no planejamento de aulas, atividade que demanda tempo e criatividade. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de planos de aula elaborados por três ferramentas de IA em acesso gratuito: ChatGPT, DeepSeek e Gemini. Foram utilizados dois tipos de prompt: um simples e outro detalhado, permitindo verificar o impacto do nível de refinamento na elaboração dos planos.Todas as IAs foram capazes de gerar planos de aula; contudo, aqueles produzidos com prompts detalhados apresentaram maior clareza e coerência, incluindo objetivos, competências, habilidades e metodologias ativas. Em relação ao conteúdo, as três ferramentas apresentaram profundidade adequada ao nível da disciplina. O ChatGPT e o DeepSeek estruturaram os planos em formatos próximos aos utilizados em documentos institucionais, enquanto o Gemini adotou uma abordagem mais dialogada, com menor detalhamento e ausência de tabelas. Apenas o ChatGPT apresentou referências. Quanto à criatividade, o DeepSeek se destacou ao propor metodologias como rotação por estações e estudo de caso; o ChatGPT sugeriu debate e estudo de caso; e o Gemini incluiu debate, estudo de caso e PBL.Observou-se, entretanto, que todas as ferramentas sugeriram cronogramas pouco realistas, com excesso de atividades ou tempo insuficiente, reforçando a importância do olhar crítico do professor para adequar as propostas à prática pedagógica. Sugere-se, como perspectiva futura, aprofundar a análise em apenas uma ferramenta, com foco comparativo na criatividade gerada por diferentes estratégias de refinamento de prompts.
Palavras-chave | Inteligência Artificial; Planos de Aula; Metodologias Ativas; Ensino Superior. |
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